Caminhoneiro ficou internado no Hospital Clemente de Faria, em Montes Claros (MG). Segundo os médicos, ele teve uma das formas mais graves da doença e permaneceu por 32 dias na UTI.
“Uma mistura de gratidão e alívio”. Assim define Sâmea Maurício ao retornar para Barreira (CE) com o marido Leandro Souza curado da Covid-19. O caminhoneiro se sentiu mal enquanto passava por Montes Claros (MG). Ele ficou internado por 46 dias, a 1.900 quilômetros de casa.
Segundo os médicos, Leandro teve uma das formas mais graves da doença. Ele tem 51 anos e é hipertenso.
“Não tem outra explicação, é um milagre. Ele ficou 32 dias só na UTI, estava vivendo por máquinas e pela dedicação dos profissionais que cuidaram dele", fala Sâmea.
Em 25 de abril, o caminhoneiro saiu do CE com destino a SP. Ao se sentir mal em MG, parou o veículo em um posto de combustíveis e pediu ajuda para um frentista em Montes Claros. O Samu foi chamado e ele foi levado para o Hospital Universitário Clemente de Faria, referência no atendimento a pacientes com doenças infecciosas.
“Ele precisou ser entubado e teve o o quadro mais grave da Covid -19, a síndrome da angústia respiratória do adulto, que é a principal causadora de mortalidade nesses casos. Com entubação, foi conectado a uma máquina e respirava com a ajuda de aparelhos”, explica a médica Izabela Câmara.
'Senti pânico, medo e angústia'
No dia 26 de abril, assim que foi comunicada sobre a situação do marido, Sâmea saiu de Barreiras e foi de carro para MG com o enteado.
"Quando conversamos pela primeira vez no telefone, eu notei que ele sentia medo de morrer e também tive medo de que isso acontecesse. Ao saber da doença, eu não pensei duas vezes, arrumei minha mala e fui. Deixei minha mãe, que é diabética e cardíaca, porque sabia que precisava estar junto dele."
Durante todo o tratamento, ela permaneceu em Montes Claros, onde conseguiu alugar um quarto. Sâmea também foi testada e a contaminação por Covid-19 foi descartada.
"Perdi as contas de quantas vezes eu dobrei meus joelhos e pedi a Deus que cuidasse dele. Essa doença é muito mais assustadora do que a gente pensa, senti pânico, medo e angústia. Não desejo que ninguém passe pelo que nós passamos”, lembra.
Sentimento de gratidão!
Após receber alta, o casal tentou comprar uma passagem de avião, mas não havia voo direto. Por isso, o filho de Leandro foi buscá-los em Montes Claros. A viagem de MG para o CE durou 30 horas. Já em recuperação, Sâmea o ajuda com os medicamentos, curativos, banhos e alimentação.
"Saí de casa sem a certeza que ele voltaria comigo e tive medo que isso acontecesse. Quero agradecer imensamente a toda equipe que cuidou dele com carinho e dedicação. Eles também se preocuparam comigo, me deram um apoio fundamental. Eu estava em um lugar estranho, sem conhecer ninguém e passando por um sofrimento grande. Se não fosse por essas pessoas, provavelmente voltaria sozinha para casa. O sentimento que fica é de profunda gratidão."
A alta de Leandro foi muito comemorada pela equipe do hospital. Ele saiu sob aplausos e foi homenageado com uma mensagem, veja vídeo abaixo.
"É muito gratificante fazer parte de uma equipe que auxiliou no processo de recuperação do paciente. Vê-lo recebendo alta e retornando pra sua família foi a demonstração de que todo o nosso esforço valeu a pena", finaliza a médica Izabela Câmara.
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